Há cerca de 120 variáveis em um laboratório de fertilização in vitro. Dentre elas o pH do meio de cultivo e a temperatura nos processos são de maior importância.
O controle de qualidade em um laboratório de FIV é fundamental pois permite evitar e também rastrear e identificar possíveis falhas ao longo do processo. Muitas vezes nos queixamos das exigências da ANVISA nas fiscalizações, entretanto se pararmos para pensar, o que é exigido nas RDC´s são os controles mínimos viáveis para a segurança de um processo que é de extrema responsabilidade.
Atualmente já não basta mais o conceito de Controle de qualidade, hoje nas diversas áreas de indústrias à hospitais o conceito predominante é a GARANTIA DA QUALIDADE. Quando falamos em garantia de qualidade significa elevar o nível de segurança dos processos que teoricamente já são controlados. Este tipo de conceito foi introduzido pelo fato de empresários identificarem que o ganho final na excelência do processo de produção e no resultado pela maior satisfação de seus cliente era superior aos investimentos na elevação dos níveis de segurança para a garantia da qualidade e ao risco do prejuízo por erros nos processos.
Um exemplo de garantia de qualidade nos laboratórios de FIV é a introdução da dupla checagem em processos críticos na identificação das amostras. Outro exemplo é a introdução de um termômetro externo dentro das incubadoras e checagem dos níveis de CO2 diariamente por outro método independente daquele fornecido pelo próprio equipamento. Entretanto, considero que ainda pode ser melhorado esse tipo de controle pois as incubadoras são equipamentos extremamente críticos os quais passamos uma boa parte dos dias “as cegas” sobre o que realmente ocorre – me refiro aqui as incubadoras verticais mais antigas, pois essas incubadoras mais novas geralmente possuem sistema de registro 24 horas acoplado ao computador.
As incubadoras, como todo equipamento eletrônico, sofrem influência da rede elétrica, variações nas ondas de energia podem influenciar o bom funcionamento do equipamento. Portanto, é extremamente recomendável a introdução de um sistema de monitoramento contínuo remoto e com disparo de alarmes na manutenção da temperatura para garantia da qualidade. Há sistemas disponíveis no mercado que permitem o monitoramento inclusive de temperaturas ultra-baixas a -200ºC, permitindo não só controle da temperatura das incubadoras, salas, placas mas também dos botijões de nitrogênio onde as amostras estão armazenadas.
Em 2018, uma clínica em Cleveland sofreu um dos piores incidentes já ocorridos, um dos botijões de nitrogênio rachou durante a noite e mais de 2mil amostras foram perdidas. Especialistas discutem se isso não poderia ter sido evitado caso houvessem um mecanismo de controle da temperatura desse botijão.
A matéria-prima – gametas e embriões – que trabalhamos nas clínicas de FIV são “produtos” de valor inestimável, temos pacientes que nos confiaram a sua fertilidade quando decidiram congelar seus óvulos para o uso futuro. Portanto um sistema de monitoramento com disparo de alarme remoto é essencial para a garantia da qualidade. Infelizmente, muitas vezes só perceberemos que era necessário quando algo mais grave acontecer.
A EmbrioLógica possui um sistema de monitoramento desenvolvido para suprir as necessidades de uma Clínica de Fertilização in vitro – SensorLab , entre em contato e saiba mais.